(6ª Edição)
AQUILO QUE NOS UNE
Este
fim-de-semana tive o privilégio de assistir a um dos eventos levados a cabo
pelo Fórum de Viana do Castelo, relativos à comemoração do 40º aniversário do
25 de Abril, decorrente do plano de ação definido durante a sessão realizada em
Novembro, no Centro Social da Meadela. Tal como consta no plano de ação então
definido (ver ata em http://o25deabrileaeuropa2020.blogspot.pt/),
foram desenvolvidas ações relativas ao levantamento das associações juvenis da
região, dos “opinion makers” da
juventude e do pensamento expresso, sobre o significado do 25A, por jovens de
diversas faixas etárias. Com base neste diagnóstico foi construída uma mensagem,
que foi depois divulgada por vários meios, nomeadamente as redes sociais.
Finalmente, eventos como o que aqui se retrata, estão a ser organizados em
vários locais e enquadramentos, sempre com a preocupação de inclusão de
associações juvenis como motores principais.
Talvez mais
importante que o ter-se conseguido cumprir totalmente o planeado e mesmo mais
importante que a organização das comemorações, o que este grupo conseguiu foi
gerar um movimento contínuo de vontades que se anima a si próprio, o que não
deixa de ser extraordinário nestes tempos de fragmentação social, desânimo e
isolamento. Da mesma forma, o grupo foi capaz de fazer com que outros
ultrapassem eventuais estigmas ideológicos, ligados ao 25A, captando a adesão
de grupos que, em princípio, não iriam aderir à comemoração do 40º aniversário,
nomeadamente algumas associações ligadas à Igreja.
Apesar de já
não contar com todos os elementos que iniciaram o projeto, enquanto entidades
ativas, o grupo manteve a estrutura organizativa (presidente, secretário,
promotores do projeto e coordenadores dos grupos), que se reuniu para fazer o
ponto da situação, no local onde decorreu o Fórum. Interessante a constatação
que, quer os que deixaram de ser ativos, quer outros que nunca tiveram nada a
ver com o projeto, falam dele como se fosse seu.
No dizer dos
presentes, o que verificaram é que o 25A “não cansa” e que as iniciativas que
estão programadas este ano podem constituir a semente de união das pessoas, que
poderá ser aproveitada para muitas outras finalidades cívicas e de
solidariedade. As redes formadas poderão manter-se e expandir-se de uma forma
transversal, mantendo os ideais de Abril como razão para um denominador comum.
Tal como na
canção de Rui Veloso, poderemos ter aqui a uma das possibilidades de
constatarmos que “muito mais é o que nos une, que aquilo que nos
separa”
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